Sport de olho! A Libra realiza nesta terça-feira, na sede da Federação Paulista de Futebol, uma Assembleia Geral Extraordinária cercada de expectativa. Isso porque enfim a associação deve votar um modelo de rateio de receitas para, a partir daí, negociar um consenso com o outro bloco, a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF). Mas os números sofreram ajustes em uma reunião da comissão de investimentos da Libra realizada nesta segunda-feira.
A LFF já tem seu modelo pronto há algum tempo, com planilhas de percentuais fixos a serem obedecidos de acordo com um ranking e diferença reduzida entre clubes com colocações próximas. O mais importante, para a LFF, é que no fim das contas a diferença entre o primeiro e o último da fila não ultrapasse 3.5 vezes.
A proposta pretendia levar à votação até a manhã de segunda-feira era de uma diferença de 3.69 durante um período de transição, caindo para 3.24 após esse intervalo. Com os ajustes feitos na comissão de investimentos em conjunto com o investidor Mubadala Capital, o que já estava previsto que poderia acontecer, os números para votação ficaram com diferença final de 3.9 vezes no período de transição. Após, a redução seria para 3.5 vezes, como quer a LFF.
O período de transição, de acordo com os critérios adotados pela Libra, seria até que o contrato de transmissão atingisse um patamar de R$ 2.8 bilhões, R$ 700 milhões a mais do que o total de receitas atual. Dessa forma, pelas contas da associação, os clubes de maior torcida não perderiam dinheiro com as mudanças.
Outro ponto importante para um consenso com a LFF deve ser discutido, mas votado em outra ocasião. A necessidade de unanimidade para promover alterações relevantes no estatuto, ou aprovar propostas de mudanças na divisão de receitas, a princípio estaria na pauta para aprovação imediata, mas a tendência é que haja somente uma discussão dos membros em torno da mudança. Essa cláusula foi um dos motivos que levaram alguns dos membros da LFF a rejeitarem assinatura com a Libra.
Além das questões citadas, também devem ser assunto na assembleia possíveis ajustes no contrato com o Mubadala Capital, que está em fase de análise pelo jurídico dos clubes, e a possível formação imediata de uma comissão para apresentar os cálculos, se aprovados, à LFF. A partir daí, a ideia é ter uma discussão objetiva dos números, o que até agora não ocorreu. A direção do Sport monitora os movimentos.
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