Bronca! PM ignora Sport, Náutico e Santa Cruz, e mantém veto a instrumentos musicais nos estádios de PE

Sport fica na bronca com a PM, que mantém veto
Sport fica na bronca com a PM, que mantém veto

Sport de olho! Depois da liberação dos rádios de pilha, se criou a expectativa por alguma flexibilização em relação à presença dos instrumentos musicais nos estádios de futebol de Pernambuco. Porém, eles seguem vetados, de acordo com a Polícia Militar (PM). Torcedores têm se mobilizado nas redes sociais, com reuniões para tentar viabilizar as baterias, charangas, apitos e demais equipamentos que até pouco tempo eram vistos naturalmente nos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro.

A PM mantém a tônica dos últimos posicionamentos e impede a entrada dos instrumentos musicais nas arquibancadas por questões de segurança. Segundo o comunicado, eles podem serem “arremessados” ou “utilizado em possíveis brigas”. Questionada se haveria possibilidade de uma reavaliação deste cenário como houve com os rádios de pilha, não acenou para esse caminho.

Nota da PM sobre manutenção do veto a instrumentos musicais:

Informamos que permanece vedado o ingresso de baterias, instrumentos musicais, apitos e porta-bandeiras, bem como outros objetos que representem risco à segurança. A restrição atende aos protocolos de segurança implementados desde a Copa das Confederações e da Copa do Mundo no Brasil. Qualquer objeto que represente ameaça à integridade dos torcedores poderá ser apreendido. A restrição se dá por questões de segurança e prevenção à violência, devido ao risco de esses objetos serem arremessados ou utilizados em possíveis brigas de torcidas.

BASTIDORES de Sport 2×0 Tombense

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Sport e Náutico assinam contraproposta por divisões igualitárias na ‘Libra’; nova liga do futebol brasileiro

Sport de olho! Diante das movimentações nacionais pela criação da Liga do Futebol Brasileiro (Libra), independente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)Sport e Náutico adotaram posturas similares. Os pernambucanos se colocaram no grupo dos 36 clubes que negociam com os fundadores da liga por percentuais de cota e premissas mais igualitárias.

Afinal, os seis clubes que criaram a liga (Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo) exigem 40% de divisão igualitária e o restante dividido entre performance e engajamento. Já os 14 da Série A e todos da Série B sugerem uma cota igualitária de 50%. Nesta última sexta-feira (06), houve a reunião entre as agremiações que realizaram a contraproposta à liga e, nela, os termos das cotas foram amplamente debatidos.

Em nota, clubes como Sport e Náutico enaltecem que, para uma liga ter sucesso esportivo, é necessário que haja um alto percentual de divisão igualitária. Trazendo o caso da Premier League, da Inglaterra, ele enaltecem que “não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes”.

No decorrer da nota publicada em consenso entre os 34 clubes, há também um questionamento sobre o fator ‘engajamento’ no rateio do dinheiro. “Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos”, diz a nota. 

NOTA DOS 34 CLUBES; Sport faz parte do processo

A maioria dos clubes de futebol integrantes das séries A e B do Campeonato Brasileiro segue em seu esforço pela criação da Liga de Clubes e, com esse objetivo, se reuniu na tarde desta sexta-feira para discutir os critérios que nortearão, em bases sustentáveis e justas, o equilíbrio de forças no futuro.

Entre os assuntos debatidos, o mais relevante foi a divisão de receitas de forma que contribua de fato para o aprimoramento da competição, tornando menos desiguais as condições de competitividade atuais.

Os termos aceitos em São Paulo por outros 6 clubes perpetuam o abismo que existe hoje, ao manterem a parte igualitária das receitas em 40%, enquanto nos campeonatos mais bem sucedidos este percentual pode chegar a 68% somando todos os direitos domésticos, internacionais e de marketing, caso da Premier League, por exemplo.

Não é aceitável que haja clubes ganhando 6 vezes mais do que outros, enquanto nas melhores Ligas do mundo essa diferença não ultrapassa 3,5 vezes.

Outro ponto a ser aprimorado é a adoção de premissas que não privilegiem pilares de difícil aferição, em especial ao que tange a engajamento. Tais critérios, na visão da maioria dos clubes que participaram da reunião, apenas perpetuam a posição de superioridade de alguns sobre outros, não dando a oportunidade de maior equilíbrio dos campeonatos.

A criação da Liga entre os 40 clubes será a oportunidade de se mudar efetivamente o futebol brasileiro e esse objetivo não pode se subordinar a interesses individuais de alguns, petrificados há décadas na superioridade de recursos. Sabemos que não seria justo buscar igualdade total de receitas, mas sim equanimidade e melhor distribuição.

O futebol brasileiro não avançará sem que haja um consenso entre os 40 clubes das séries A e B de que a justa distribuição de receitas gerará maiores oportunidades na disputa.