Boa parte do futebol brasileiro – e de seus fãs – saíram da temporada 2020-21 decepcionados pela forma que o ano decorreu, ainda que por motivações fora das conexões intrínsecas ao esporte em si. Mesmo entre campeões como o Flamengo e o Palmeiras, o que se viu ao fim da temporada foi um futebol em campo que demonstrava o grande cansaço dos jogadores com um ano muito mais desgastante do que de costume, com jogos ocorrendo em intervalos curtos de tempo e assim não permitindo o descanso dos corpos dos atletas.
Mesmo o Sport sofreu com isso em termos de resultados. Surpreendeu o fato do time no Campeonato Pernambucano do ano passado ter ficado em sétimo lugar na primeira fase do torneio, classificando-o para o Quadrangular do Rebaixamento do campeonato estadual. Enquanto o Sport fez seu trabalho nesta segunda fase ganhando todos os confrontos sem sofrer um gol sequer de seus oponentes, foi inevitável a torcida ligar o alerta para o Campeonato Brasileiro que se seguiria ao longo do ano.
Resultados adversos no Pernambucano e no seguimento da Série A e da Copa do Nordeste levaram a duas trocas de comando ao longo do ano. Guto Ferreira foi trocado por Daniel Paulista em fevereiro, e este foi substituído por Jair Ventura em setembro.
Trocas de comando como estas são muitas vezes criticadas, mas não é possível dizer que ela não gerou bons efeitos no Sport considerando que o clube conseguiu se manter no Campeonato Brasileiro. Os 42 pontos conquistados em 38 jogos podem estar longe do ideal, mas foram o bastante para colocar o Leão acima da zona de rebaixamento, que foi “liderada” pelo Vasco da Gama com um ponto a menos.
Mas com um ano novo, renovam-se também as expectativas e as esperanças de que o Sport conseguirá mais sucesso em seus empreendimentos. Entretanto isto tem se mostrado muito mais difícil do que o esperado, com o time até o dia 13 de março não conseguido muito bons resultados nas três competições que ainda disputa – o Campeonato Brasileiro, a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil.
Apesar dos resultados adversos, o Sport não é um time de “jogar a toalha para cima” frente aos obstáculos. Tanto que casas como a Fortunabet ainda tem o time de Recife como um dos favoritos ao campeonato estadual, junto com o resto do “Trio de Ferro”, Náutico e Santa Cruz.
Ainda assim, é preciso “virar a chave” o quanto antes. O Sport demonstra não ter conseguido se recuperar ainda dos maus resultados que fecharam o ano passado, com o time perdendo seus últimos confrontos no Brasileirão para Atlético Mineiro e Athletico Paranaense.
Alguns passos importantes para isso já foram dados, a nível de manutenção de peças-chave do ano passado. O Sport conseguirá manter o zagueiro Iago Maidana, emprestado pelo Atlético Mineiro, até o fim da temporada. E o veterano Thiago Neves, que fez bons jogos pelo time como meia-atacante, também teve seu contrato renovado. Outros titulares regulares, como o meio-campo Marcão e o lateral Júnior Tavares, também tiveram seus contratos estendidos.
Face às atuais limitações de registro de novas contratações por conta de imbróglios jurídicos, estas renovações são chave para dar estabilidade ao Sport no presente e no futuro próximo. Mas elas não são o bastante. É preciso também voltar ao caminho das vitórias nos torneios de começo de ano, almejando a reconquista do Campeonato Brasileiro e bons resultados na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil, para que os ares na Ilha do Retiro mudem para a melhor.
Veja mais notícias do Sport, acompanhe a classificação além da história e títulos do Sport Club do Recife.
