Sabia que o Sport pode ser considerado campeão brasileiro de 1968? Entenda a história

Sport pode ser campeão brasileiro de 1968
Sport pode ser campeão brasileiro de 1968

Sport de olho! Não é de hoje que existe uma sensação e vontade de grande parte dos clubes, torcedores, federações e imprensas do eixo sul-sudeste em centralizar o Brasil em seus estados, buscando a elitização meio a ignorância dos direitos, legitimidade e geografia brasileira. O futebol é um dos mais fortes termômetros sociais, históricos, políticos e xenófobos do país e sua história conta tentativas e até sucesso em dividir o Brasil em dois, entre o lado norte, que era tratado como resto, mesmo por diversos anos vencendo e sendo mais forte mesmo sem apoio e passando por cima de canalhices; e o lado sul, sempre tratado como o áureo nacional, como em 1967, 1968, 1969 e 1970, quando houve campeões inter-regionais de um lado e de outro, ou simplesmente campeões nacionais de cada lado, com Sport, Ceará e Fortaleza conquistando o Brasil da ‘linha divisória’ pra cima.

Jornal O Povo destaca o Ceará campeão do lado norte do país. (foto: reprodução)

Lembra do Muro de Berlim? A barreira física que dividia a Alemanha em duas por aspectos sociais e políticos. Pois bem, foi assim que aconteceu no futebol brasileiro, um muro imaginário que assim como existia a Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental, houve o Brasil Norte e Brasil Sul, cada um com suas competições e campeões, mesmo que tecnicamente diferentes, mas tão nacionais e legítimos como a brasilidade de quem nasceu no pico de Roraima ou nas pontas extremas do Rio Grande do Sul. Vamos entender melhor essa cronologia.

Fundada em 1914, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) vinha buscando a qualificação e profissionalismo do futebol brasileiro, principalmente pelo intuito de criar seleções nacionais para competições importantes como Olimpíada e Sul-Americano serem disputadas com valência. A entidade desde os anos 20 realiza torneios que reunia aspectos nacionais por participações de clubes e federações filiadas a ela e desde então criando um mapa nacional que ao longo dos anos foi ganhando corpo, ganhando revolução e qualidade até chegar o grande ano de 1959.

O futebol europeu já vivia grandes evoluções nacionais e internacionais desde 1955, enquanto a América do Sul buscava criar seu torneio continental e que em 1960 teve sua primeira edição: a Libertadores da América. O Brasil, já campeão do mundo, precisava mandar seu representante pro torneio, mas ainda não havia um campeonato de nível nacional, diferente da Argentina que já tinha o seu desde 1891 e o Uruguai, desde 1900 e assim foi criada a Taça Brasil, verdadeiramente o primeiro torneio a nível nacional.

Bahia, campeão do 1º e único torneio verdadeiramente nacional antes da criação do Brasileirão
Foto: Divulgação/Bahia

A Taça Brasil foi criada com um rico e justo critério, o qual fez que a competição fosse legitimamente nacional para contextos financeiros, logísticos e culturais da época. 16 estados filiados a CBD e dentro dos padrões mínimos de profissionalismo tiveram seus campeões estaduais como representantes, como ABC, Auto Esporte-PB, Bahia, Ceará, CSA, Ferroviário-MA e Sport. Houve na época uma certa pressão para que o representante do Brasil viesse nos embates entre RJ e SP, mas a própria CBD reconhecendo que o Brasil não é somente Cristo Redentor e as águas que molham a Terra da Garoa, colocou o que o país tinha de mais profissional e legal pra decidir a vaga continental do ano seguinte e a primeira taça brasileira, a qual o Bahia venceu diante do Santos.

Na edição de 1960, o impacto da Taça Brasil já elevou o esporte nacional e de 16, o torneio passou a ter 17 estados participantes, era o Sergipe desenvolvendo seu profissionalismo. Em 1961, continuou com o número de estados participantes, porém com uma vaga a mais, onde o campeão do ano anterior garantia seu lugar no ano seguinte, abrindo vaga para o melhor colocado do estadual referente ao estado do campeão da Taça Brasil melhor colocado sem ser o próprio. Em 1962, mais um estado entrou na disputa, o Piauí. Eram 18 estados participantes via critério técnico.

Tudo só melhorou em 1963, quando o estado de Goiás e o Distrito Federal com seu campeão brasiliense também participaram, junto com os campeões fluminense (Rio de Janeiro) e carioca (Guanabara). Simplesmente o Brasil após ser bicampeão mundial, ver seu torneio nacional agregar valores em fazer que mais estados elevem seus níveis de profissionalismo e seu status nacional fique legitimamente firme. Em 1964 mais um impacto, com o campeão do estado do Amazonas participando. E assim foi se desenvolvendo a Taça Brasil, até entrar mais um estado, o Mato Grosso, em 1968, a última edição desse belíssimo e verdadeiro torneio nacional.

Mas por que um torneio tão importante, tão nacional, criado por conta da Libertadores, que seguia um verdadeiro mapa profissional brasileiro teria fim? Se acabou em 1968 e o Brasileirão oficialmente começou em 1971, o que houve meio esse período? É disso que estamos falando! Entre 1933 e 1966, era disputado nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, o Torneio Rio-São Paulo, organizado pelas federações paulista e a fluminense, oficialmente denominada de Torneio Roberto Gomes Pedrosa, homenageando o ex-jogador, dirigente e político que nasceu no RJ e faleceu em SP.

Em 1967, paulistas e fluminenses convidam clubes dos estados de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul para participarem daquela edição. E o Roberto Gomes Pedrosa que tinha apenas clubes dos dois principais estados, passou a se chamar popularmente de ‘Robertão’ pela amplitude de mais 3 estados no torneio. Como de se imaginar, foi um sucesso, com imprensa, clubes, torcida e tudo mais prestigiando aquele que é um espetáculo técnico e financeiro, chamando atenção também por não ser uma competição de mata-mata e sim de grupos e quadrangular final. De fato, um torneio extremamente interessante. Nos dias de hoje seria o melhor inter-regional do país. E que acabou sendo unificado como Brasileirão pela CBF em 2010, juntos as demais 3 edições posteriores.

O sucesso do Robertão fez com o que os clubes e estados presentes do Rio-São Paulo ampliado enchessem os olhos para o Robertão, que rendia mais dinheiro e a sensação era de algo muito mais elitizado. Logo na edição posterior, em 1968, a CBD começou a organizar e não mais as federação de RJ e SP. O Robertão passou por mais uma renomeação, sendo chamado de Taça de Prata. Ou seja, em 68 houve a primeira edição do Robertão (Taça de Prata) com a CBD comandando e a última edição da Taça Brasil, que pelo desinteresse de alguns clubes ao ver que o Robertão dava mais renda e público, acabaram optando pelo inter-regional.

Por esses motivos, a Taça Brasil houve atraso de calendário por todo imbróglio de interesses, gerando até confusão na distribuição de vagas do país para a Libertadores, que em 1969 não houve brasileiros, exatamente pois o torneio continental estava batendo a porta e a Taça Brasil nem havia sido finalizada ainda. A CBD então decidiu, pela primeira vez, dá a vagas aos melhores do Robertão, os quais acabaram desistindo.

O Robertão foi um torneio onde o critério de participação era via convite e os convidados eram os clubes e marcas que paulistas e fluminenses entendiam como ideais para seus níveis, além de interesses políticos, sem vínculo algum com ranqueamento ou campeões estaduais e anos anteriores. Como em 1968 onde o Athletico-PR (que estava muito longe de ser o que é hoje) participou, o mesmo ficou em 12º no estadual de 67, estando num jejum de 10 anos sem título e 10 anos fora do G4 paranaense e ter disputado a Taça Brasil apenas 1 vez, logo na 1ª edição.

Na edição de 1969, o Náutico que era o atual hexa-campeão do estado, vice da Taça Brasil e com participação recente na Libertadores foi trocado pelo Santa Cruz, que ainda não era o campeão estadual daquele ano, enquanto Galícia e Fluminense-BA, campeões baianos de 68 e 69 viam o Bahia, que por sinal esteve de fora até do G3 baiano em uma das edições, ficou, participando de todas edições do Robertão. Entre 1959 e 1968, o Brasil teve um torneio verdadeiramente nacional, respeitando a geografia profissional e esportiva de todos os estados e clubes quais estavam filiados a CBD e que tinham níveis profissionais dentro dos padrões mínimos para participarem com todo o direito.

Náutico destrói o Santos de Pelé, bicampeão da Libertadores e do mundo pela Taça Brasil
Foto: Reprodução/Jornal Estado de São Paulo

Após 10 temporadas de um torneio que nunca houve regresso de participantes e sim aumento de estados e impactos que desenvolviam o esporte nacional a cada ano, a CBD pisou num mapa, na geografia, no avanço e no direito legítimo de diversos estados e regiões, que não puderam disputar as vagas da Libertadores de 1970 e 1971 pois seus direitos foram tomados pela entidade que se alimentou do ego, da elitização e dos interesses financeiros via uma competição anti-desportiva, descriteriosa e que foi uma das sementes para que tudo de mais lamentável do futebol brasileiro começasse ali.

Um lado do Brasil que quando enfrentou aqueles que se achavam imbatíveis e que representava o Brasil de fato, chegou a vencer e a ser pioneiro. O primeiro título nacional do país foi num embate entre norte contra o sul, que deu a taça ao norte e fez que o excluídos fossem os primeiros representantes brasileiros na Libertadores. O norte enfrentando o sul venceu jogos com goleadas de 5 gols em cima do Santos de Pelé, 3 no Palmeiras de Djalma Santos e Ademir da Guia e goleando Atlético-MG e Cruzeiro, além de eliminar Vasco e Botafogo. Entre as 10 finais da Taça Brasil, o norte chegou em 6, inclusive com 3 times de 3 estados diferentes. O estado do Ceará chegou a mais finais que Minas Gerais, enquanto a Bahia disputou o mesmo número de finais que a Guanabara. Sim, acredite, a CBD ignorou todo esse processo em troca da elitização, do prestígio e de alimentar egos da parte inferior do país por seus interesses.

Ué, CBD? Logo você que nos primórdios dos anos 20 mostrava ser tão segura com o profissionalismo do futebol brasileiro, chegando a criar competições e mapeando estados de níveis legais e novas filiações para criar testagens para seleção brasileira? Inclusive chegando a convocar o atleta Mica, do Botafogo-BA em 1923. Logo você que optou não ter participantes brasileiros na Libertadores de 1966 pois o formato da competição estava descaracterizando a validade do torneio? Logo tu que vinha tão bem.

Meio a tudo isso, a CBD criou um torneio paralelo ao Robertão, que foi nada mais nada menos que o mesmo Robertão, só que do norte, originalmente chamado de Torneio Norte-Nordeste, contando exatamente com toda aquela turma do lado norte do Brasil que disputava a Taça Brasil. Na prática, o Robertão e o Torneio Norte-Nordeste eram a Taça Brasil geograficamente dividida em duas, com o inter-regional do lado sul sendo considerado campeonato nacional e dando vaga pra Libertadores, mesmo sem critérios técnicos, enquanto o Norte-Nordeste contou com todos os 11 estados filiados e dentro dos padrões profissionais da CBD, tendo com os melhores times dos respectivos estaduais, inclusive com todos estados gozando de 3 representantes cada, e os 3 principais e únicos finalistas da Taça Brasil, Bahia, Ceará e Pernambuco, contando com 4, como na edição de 1970.

A CBD largou o seu torneio para cuidar do torneio dos outros. Nesse meio, o Norte-Nordeste foi nada mais nada menos que um ‘cala a boca’ pra clubes de milhões de torcedores, de diversas convocações pra seleção brasileira, de finais nacionais, de estádio sede de Copa do Mundo, de revelações da base que ajudaram o Brasil a ser campeão de todas Copas do Mundo que possuía, de estados campeões e vices do Campeonato Brasileiro de Seleções.

Time do Sport, campeão brasileiro do norte de 1968
Imagem: Diário de Pernambuco

Como você pode deixar Fortaleza, bi-vice campeão da Taça Brasil, o Sport, clube que nos anos 40 realizou a excursão que fez o lado norte do Brasil ser conhecido no sul e maior campeão do maior estadual do norte e contar com clubes como Ponte Preta e Athletico-PR, extremamente menores que todos os principais dos principais estados do lado norte, tudo por puro capricho. Nem sequer realizar um cruzamento final entre o Robertão e o Norte-Nordeste para decidir a vaga da Libertadores do ano seguinte.

Falando nisso, sabe outro fato? A CBD precisava indicar o seu representante para a Libertadores de 1970 e criou o Torneio dos Campeões da CBD em 1969, que reunia os vencedores de todos os torneios que a entidade comandava. Participaram o Botafogo, campeão da Taça Brasil, o Santos, campeão do Robertão, o Sport, campeão do Torneio Norte-Nordeste e o Grêmio Maringá, campeão do Torneio Centro-Sul. Notou-se a confusão que se encontrava a Confederação Brasileira de Desportos.

Ela não foi capaz de dar continuidade ao seu tradicional regulamento, indicando o representante pela Taça Brasil, ao mesmo tempo que já comandava e dava o prestígio de um torneio nacional ao Robertão e que deslegitimava o Torneio Norte-Nordeste e o Torneio Centro-Sul, todos esses que tiveram que se enfrentar para decidir a vaga, ou seja, pra decidir quem seria o campeão brasileiro, certo? O Grêmio Maringá venceu o torneio, que acabou se esvaziando pela desistência de Botafogo e Santos ao verem que a entidade desistiu de enviar seu representante a Libertadores e por falta de datas, respectivamente. No fim, vemos que nem a própria CBD considerava de forma totalmente legitimada a Taça de Prata como o campeonato nacional, pois se sim, enviaria seu campeão direto, sem precisar desse cruzamento entre outros torneios.

Detalhe: O Grêmio Maringá já tentou reconhecer o seu título junto a CBF, que de fato e direito foi oficial, via critérios dos torneios inter-regionais ou ‘nacionais’ da época e fundamentado por uma vaga internacional do ano seguinte. Inclusive falou-se que o clube buscaria também uma vaga pra Libertadores como justiça, já que seu direito foi retirado em 1970 e que abriria outro debate: o trio campeão do Brasil do Norte perderam seus direitos de disputarem uma vaga pra Libertadores, assim como os 11 estados como um todo.

Os três Torneios Norte-Nordeste assim que oficializados teriam a chance da reparação histórica com as equipes campeãs tendo as vagas para a competição da Conmebol? Seja os três de uma vez ou um a cada temporada seguindo a sequência de títulos brasileiros do norte: Sport, Ceará e Fortaleza respectivamente. Assim como o Robertão, o Norte-Nordeste teve muita festa, carreata e carnaval aos campeões pelas ruas de Fortaleza e Recife e o orgulho paraense pelo Remo, fazendo o Pará ser duas vezes vice-campeão do Brasil do Norte. E um dos maiores fatores que indicam ainda mais o paralelismo do Robertão com o Norte-Nordeste, é que assim que a CBD criou o Campeonato Brasileiro em 1971, ambos torneios tiveram fim.

Não podemos negar que o futebol brasileiro foi remando meio a erros e acertos até galgar para chegar a níveis bem mais claros, modernos, profissionais e justos, mas não podemos fingir que não existiu uma violenta e desgraçada onda xenófoba e traíra em rasgar os próprios processos que estavam dando certo. O Brasil teve um torneio verdadeiramente nacional, a Taça Brasil e depois houve dois inter-regionais, um via critério técnico, outro por panelinha, em que a CBF, hoje, poderia escolher entre dois fatores: ou faz que o Robertão deixe se ser o que ele foi tido em 2010, como campeonato brasileiro, pra virar o que ele é de fato, um inter-regional, ou a CBF simplesmente transforme o Torneio Norte-Nordeste em campeonatos brasileiros.

Recife parou com o título leonino
Reprodução/central3.com.br

Pois de fato e de forma legítima foram duas coisas equivalentes, com a diferença que de um lado o que era resolvido na bola era respeitado, enquanto de outro, o dinheiro e o status ditavam e eram o que lhe guiava, mesmo com participantes pequenos e de grandes jejuns ganhando espaço pra campeões que por não ter força política, perdia o direito de disputar uma Libertadores, assim como todos do lado norte.

CBF, tenha vergonha! Reconheça os erros que a CBD cometeu no passado e os seus erros realizados em 2010. Parabéns, a Taça Brasil merece ser reconhecida como um verdadeiro e legítimo torneio nacional, pois era, foi dela que o Santos foi bicampeão do mundo sendo o representante do continente, que venceu no Brasil por uma competição onde todo o país era envolvido. Dê a Sport, Ceará e Fortaleza, campeões do Brasil do Norte em 1968, 1969 e 1970 as mesmas taças que você deu a Santos, Fluminense e duas vezes ao Palmeiras por serem campeões do Brasil do Sul em 1968, 1970 e 1967 e 1969. Errou, ok, volte atrás. Sejam dignos e mostrem que vocês podem realizar ações e reparações do tamanho, relevância e peso dessas 5 estrelas que moram em cima do teu escudo.

Essas são as faixas e taças conquistadas pela unificação, as quais Ceará, Fortaleza e Sport devem receber por direito. Foto: Reprodução/O Globo

Clubes e federações campeãs, vices e até mesmo participantes dos torneios, movam-se, lutem, busquem apoio de suas torcidas e de formações sobre o tema. É um caso de justiça de mais de 50 anos atrás que se tornou ainda mais absurdo há 12 anos. Criem um dossiê e tenham certeza que irão conseguir, pois fatos temos de sobra e confiar na justiça brasileira realizando ações corretas em pró do nordeste ainda é possível, até mesmo no futebol, assim como em 2001.

Títulos nacionais de elite do eixo Norte do Brasil:

Campeonato Brasileiro: Bahia (1959 e 1988) e Sport (1987)

Copa do Brasil: Sport (2008)

Copa dos Campeões: Paysandu (2002)

Com seus status oficiais de época:

Campeonato Brasileiro: Bahia (1988) e Sport (1987)

Taça Brasil: Bahia (1959)

Copa do Brasil: Sport (2008)

Copa dos Campeões: Paysandu (2002)

Como ficariam os títulos nacionais de elite do eixo Norte do Brasil com o ato de justiça da CBF:

Campeonato Brasileiro: Bahia (1959 e 1988), Sport (1968 e 1987), Ceará (1969) e Fortaleza (1970)

Copa do Brasil: Sport (2008)

Copa dos Campeões: Paysandu (2002)

Com seus status oficiais de época:

Campeonato Brasileiro: Bahia (1988) e Sport (1987)

Taça Brasil: Bahia (1959)

Robertão: Ceará (1969), Fortaleza (1970) e Sport (1968)

Copa do Brasil: Sport (2008)

Copa dos Campeões: Paysandu (2002)

Taça concedida pela CBD ao campeão do Torneio Norte-Nordeste, o Robertão do Norte
Imagem: Sport Club do Recife

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