(Foto: Paulo Paiva/Sport)

Técnico do Sport analisa vitória na Copa do Nordeste e desabafa sobre condições do gramado

O Sport enfrentou o Sousa-PB nesta terça-feira, pela Copa do Nordeste, e venceu por 2×1 com um gol nos acréscimos. Apesar da vitória, o técnico Pepa criticou duramente o estado do gramado do Estádio Marizão. Para o treinador português, o campo impediu que sua equipe aplicasse seu estilo de jogo, baseado em toques rápidos e troca de passes curtos.

O treinador comparou as condições do gramado ao jogo anterior contra o Central, no estádio Lacerdão, em Caruaru.

“Um jogo muito difícil. Um campo que não dava para jogar. Fez-nos lembrar o jogo contra o Central. E é um gramado que é muito difícil. A bola saltava. Ou seja, o registro do jogo entra em um jogo muito de agressividade, de duelos, de intensidade. E aqui o mais importante, sem sombra de dúvidas, são os três pontos. E a grande atitude que os jogadores tiveram.”, afirmou Pepa.

(Foto: Paulo Paiva/SCR)

Atitude e adaptação ao gramado complicado

Apesar das dificuldades, Pepa elogiou a postura dos jogadores. Segundo ele, a equipe mostrou muita entrega e soube se adaptar à realidade da partida.

“Houve atitude, houve entrega. E naquela tentativa de levarmos o jogo para onde nós mais nos sentimos confortáveis, com a bola mais no gramado, um jogo mais rápido, um jogo mais de combinações, fica praticamente impossível. Portanto, nesse aspecto, parabéns aos jogadores.”, declarou o técnico, reconhecendo os méritos dos atletas em um jogo tão desgastante.

Mudanças estratégicas durante o jogo

O Sport fez três substituições aos 16 minutos do segundo tempo: Pablo entrou no lugar de Gustavo Coutinho, Gustavo Maia substituiu Carlos Alberto e Barletta entrou por Lenny Lobato. Essas mudanças tiveram como foco renovar o setor ofensivo, segundo Pepa.

Além disso, houve alterações táticas importantes, como a entrada de Titi Ortíz para ocupar um espaço mais avançado no meio de campo, substituindo o volante Fabrício Domínguez. Outra modificação foi a saída de Dalbert, que estava com cartão amarelo, o que colocou Barletta para explorar o corredor e buscar jogadas de profundidade.

“As mudanças foram para dar energia no setor ofensivo. Depois optamos por tirar ainda um segundo volante, neste caso o Fabrício (Domínguez), e colocar um médio mais ofensivo, o Titi (Ortíz). Depois também (saiu) Dalbert com cartão amarelo e (atacante) Barletta passou a fazer o corredor, principalmente com uma linha de três para o Barletta ter o corredor para explorar na profundidade.”

(Foto: Paulo Paiva/SCR)

Defesa reforçada com esquema de três zagueiros

Pepa explicou ainda a formação de uma linha de três defensores, com Zé Lucas recuando para atuar como líbero ao lado de Antônio Carlos e Chico. Segundo o treinador, essa estratégia foi fundamental para dar estabilidade à defesa, mantendo a solidez defensiva ao mesmo tempo em que o time buscava aumentar a ofensividade.

“É aquilo que temos seguido. Dar estabilidade, principalmente na linha defensiva. E depois continuar a gerir as cargas, a condição física, darmos minutos e ritmo de jogo a tudo e a todos. Acima de tudo, a cada jogo que passa, estamos mais preparados em termos físicos. Depois, em termos de qualidade de jogo, hoje era impossível. O mais importante eram os três pontos. Conseguimos.”