A torcida do Sport encontrou uma maneira diferente de protestar contra a demora do goleiro adversário na reposição de bola. Durante a partida contra o Fortaleza, pela Copa do Nordeste, os rubro-negros se uniram para pressionar a arbitragem de um jeito inusitado. A contagem em coro a cada tiro de meta virou um símbolo de revolta diante do que consideraram uma tentativa clara de cera.
A atitude aconteceu na noite de terça-feira (4), na Ilha do Retiro, quando o goleiro João Ricardo começou a retardar a reposição de bola. Diante disso, a torcida rubro-negra passou a contar em voz alta: “1, 2, 3…”. Em um dos momentos, a numeração chegou até 20 segundos, evidenciando o tempo gasto antes da retomada do jogo. O protesto, no entanto, não foi suficiente para mudar o rumo da partida.

O impacto da contagem da torcida do Sport e a reação do árbitro
A estratégia adotada pela torcida gerou uma grande atmosfera no estádio. O incômodo com a demora levou à aplicação de um cartão amarelo para o goleiro João Ricardo aos 19 minutos do segundo tempo. Entretanto, mesmo sob pressão, o árbitro Rafael Carlos Salgueiro Lima não tomou medidas mais severas.
Com o Sport buscando o empate, a torcida seguiu vaiando o arqueiro tricolor a cada novo tiro de meta. Em pelo menos cinco ocasiões, o estádio inteiro ecoou a contagem, criando um ambiente hostil para o adversário. Ainda assim, a equipe pernambucana não conseguiu reverter o placar.

Regras atuais e possíveis mudanças da Fifa
Atualmente, as regras determinam que a cera excessiva pode resultar em tiro livre indireto para o time adversário. No entanto, essa punição raramente é aplicada. Diante disso, a Fifa estuda uma mudança para coibir esse tipo de atitude.
Uma das propostas testadas recentemente na Premier League sub-21 sugere que, caso um goleiro segure a bola por mais de oito segundos, o time adversário ganhe um escanteio. A medida, se implementada, pode mudar a dinâmica do jogo e reduzir a incidência desse tipo de estratégia defensiva.
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