A primeira contratação do Sport nesta janela de transferências chamou atenção. O experiente Vagner Love desembarcou no Recife nesta quarta-feira, para juntar ao restante do elenco comandado por Claudinei Oliveira. Aos 38 anos, o atacante estava no futebol dinamarquês, e chega com a expectativa de melhorar o setor da equipe que mais vem tendo dificuldades nesta Série B: em 20 jogos, o Sport marcou apenas 13 gols.
Esta não é a primeira vez que o Sport aposta num jogador famoso e que vem em baixa, para tentar melhorar o panorama da equipe. O MeuSport preparou uma lista com outras contratações que deram o que falar na Ilha do Retiro.
Emerson Leão
Essa tática de contratar medalhões é usada pelo Sport há muito tempo. No final da década de 1980, depois da Copa do Mundo do México, chegava à Ilha do Retiro o goleiro Emerson Leão, então com 37 anos de idade.
Com o tri (sendo reserva), em 1970, e outras três participações em Copa do Mundo no currículo, o goleiro não defendeu as traves rubro-negras em muitos jogos. Na reta final do Pernambucano de 1987, ele chegou a acumular as funções de goleiro e treinador. Mas depois ficou apenas no comando técnico, participando, inclusive, da campanha do único título brasileiro do Sport.
Paulo Baier
Aquele ano de 2009 era de Libertadores, depois da conquista da Copa do Brasil em 2008. E a diretoria rubro-negra quis montar um elenco competitivo para a competição continental: apostou na contratação do experiente Paulo Baier, na época com 34 anos.
Se apenas os números forem considerados, a passagem do meia pelo Leão foi boa: cinco gols marcados em 13 jogos. Mas Paulo Baier teve desentendimentos com a comissão técnica e acabou se despedindo do clube sem sequer cumprir o contrato. O Sport acabou rebaixado para a Série B naquele ano.
Marcelinho Paraíba
Com boas passagens por times como Grêmio e São Paulo, além do futebol alemão, Marcelinho Paraíba pertencia ao Tricolor Paulista e foi emprestado ao Sport em 2010, aos 35 anos, para tentar ajudar a levar o time de volta à Série A.
Não alcançou esse objetivo, voltou para o São Paulo, mas foi negociado em definitivo com o Leão. Chegou para a disputa do Campeonato Pernambucano, no qual o Sport buscava o hexacampeonato… mas o Rubro-negro acabou derrotado pelo Santa Cruz na final – onde Marcelinho Paraíba ainda se envolveu numa confusão com Everton Sena, zagueiro do Santa Cruz.
O experiente meia foi a principal referência técnica do Sport na temporada, que terminou com o acesso à Série A. Marcelinho, inclusive, disse que encerraria a carreira caso não conseguisse o acesso com o Leão naquele ano.
Na última rodada, o Sport venceu o Vila Nova, em Goiânia, com gol de Bruno Mineiro depois de cruzamento de Marcelinho Paraíba. O resultado levou o Sport para a primeira divisão.
Cicinho
Vindo da Roma, da Itália, e com passagem pelo Real Madrid e com a participação na Copa do Mundo de 2006 no currículo, o lateral-direito divide opiniões entre os rubro-negros.
Cicinho chegou ao Sport com 32 anos, em 2012, e teve boas atuações individuais, com cruzamentos e assistências para gols, mas naquele ano o clube acabou rebaixado à Série B. O jogador ficou no Leão até 2013. Saiu pouco depois da perda do título pernambucano para o Santa Cruz.
Hugo
Na mesma temporada em que trouxe Cicinho, a diretoria rubro-negra apostou em outro medalhão com boas passagens pelo São Paulo: o meia Hugo, que tinha 31 anos na época e estava no futebol árabe.
Apesar do rebaixamento para a Série B, Hugo foi o grande destaque do Sport na campanha do Campeonato Brasileiro de 2012: foi o artilheiro da equipe, com 8 gols marcados. O meia pediu rescisão contratual no início da temporada seguinte e deixou o Recife.
Diego Souza
Provavelmente o caso que mais deu certo no Sport quando o assunto é “medalhão”. O meia foi contratado durante a disputa da Série A de 2014 e, aos 29 anos, estava no Metalist, da Ucrânia.
Diego Souza chegou como a contratação de peso que a diretoria rubro-negra queria e rapidamente caiu nas graças da torcida do Sport, quando ficou conhecido como o “embaixador de 87”, por usar o número nas costas e declarar, em pleno Maracanã, em jogo contra o Flamengo que o título de 1987 é do Sport.
O DS87 participou, em 2015, da melhor campanha do Sport na era dos pontos corridos do Brasileirão, quando a equipe terminou em sexto lugar. Depois de uma passagem rápida pelo Fluminense no início de 2016, Diego Souza foi recebido com festa pela torcida do Sport na volta ao clube.
Diego Souza deixou o Leão no final de 2017 acumulando o título pernambucano daquele ano, a artilharia do Campeonato Brasileiro de 2016 e algumas convocações para a seleção brasileira.
André
Em relação a outros nomes desta lista, o atacante não chegou ao Sport com idade avançada. André tinha 24 anos quando o Atlético-MG o emprestou, mas vinha em baixa. Reencontrou o caminho dos gols e balançou a rede 14 vezes no Brasileirão de 2015. Chamou a atenção do Corinthians, que o contratou para a temporada seguinte.
André retornou ao Sport em 2017, em negociação com o Sporting, de Portugal, no maior investimento do clube pernambucano por um jogador: 1,2 milhão de euros por 50% dos direitos do atleta. Naquela temporada, André ajudou o Leão na campanha que evitou a queda para a Série B – com André marcando o gol que garantiu a permanência, contra o Corinthians.
O atacante ainda teve uma terceira passagem pelo clube, em 2021, mas não conseguiu ter o mesmo sucesso das outras.
Thiago Neves
Aos 35 anos e depois de ser recusado pela torcida do Atlético Mineiro, Thiago Neves chegou como contratação de peso do Sport para o Brasileirão de 2020. Na primeira temporada, TN30 foi importante na luta contra a queda e acabou ganhando o carinho da torcida rubro-negra.
Mas, exatamente um ano depois da sua chegada, Thiago Neves rescindiu o contrato com o clube, depois de muita polêmica nos bastidores e na política do clube. TN30 fez 46 partidas com a camisa rubro-negra e marcou 8 gols.
Hernanes
Pouco antes da saída de Thiago Neves, o Sport acertou a contratação do meia Hernanes, que chegou à Ilha do Retiro com 36 anos. Vindo do São Paulo, o Profeta não teve uma passagem memorável pelo clube de coração: em 17 partidas, não marcou nenhum gol.
E também não conseguiu ajudar a salvar o Sport do rebaixamento, deixando o Leão ao final do campeonato.
Primeiro dia de Claudinei Oliveira no Sport
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