24/05/2025 @ 13:52h

Quer mesmo atuar com 3 zagueiros? Comentarista traz uma solução para o Sport

A tentativa do técnico António Oliveira de utilizar um esquema com três zagueiros no Sport não funcionou diante do Ceará, mas, com ajustes, a formação pode render frutos, avalia o comentarista Cabral Neto. O principal ajuste passa pela posição do volante Rivera, que, segundo o analista, precisa ser melhor adaptado ao sistema para resgatar seu bom futebol.

No último confronto, o Leão atuou com os zagueiros Lucas Cunha, Antônio Carlos e Chico como titulares da linha de defesa, enquanto Rivera e Zé Lucas formaram a dupla de volantes. O próximo desafio será neste domingo, às 16h, contra o Internacional, na Ilha do Retiro.

“Tenho ressalvas à formação do Sport com três zagueiros de origem. O ideal seria a mudança tática ou, pelo menos, a utilização de João Silva e Rafael Thyere, que são dois zagueiros mais habilitados para o passe”, destacou Cabral Neto.

O comentarista pontuou que, além da menor qualidade na saída de bola, o sistema afetou diretamente o desempenho de Rivera, prejudicado ao atuar de costas para o campo adversário:

“Ele teve dificuldades nesse posicionamento, o que gerou maior lentidão na transição ofensiva”, analisou.

Rivera é titular absoluto desde sua chegada ao clube, com 17 jogos consecutivos — oito deles pelo Brasileirão. Apesar de ser o líder de desarmes da equipe, com 20 recuperações de bola, também lidera nas faltas cometidas, com 18 infrações, conforme dados do Gato Mestre.

Na derrota para o Ceará, o volante acabou substituído no intervalo por Sérgio Oliveira, reforçando a necessidade de ajustes. Para Cabral Neto, uma das soluções seria reposicionar Rivera como um terceiro homem na saída de bola, entre os dois zagueiros, enquanto Zé Lucas atuaria como o primeiro volante.

“A adaptação dos dois seria muito mais natural. É importante que o treinador se adapte ao que o elenco tem de melhor, ao invés de obrigar que os jogadores se ajustem ao que ele deseja”, completou.