Zé Lucas entra no radar europeu, mas Sport aposta em valorização da joia até 2026

Aos 17 anos, Zé Lucas já é tratado como uma das maiores promessas do futebol brasileiro. Volante titular do Sport e capitão da Seleção Sub-17, o jogador desperta o interesse de clubes de peso, como Barcelona, Manchester City e Real Betis.

Ainda assim, o futuro da joia rubro-negra é conduzido com cuidado pela diretoria da Ilha do Retiro. O executivo de futebol Thiago Gasparino não esconde a dimensão do talento que tem em mãos.

“Hoje, se analisarmos a Série A, ele é um dos atletas mais jovens com frequência de minutagem. Isso chama atenção. É capitão da Seleção Sub-17 e vem despertando o interesse do mercado europeu”, afirmou.

Mesmo com procura intensa, a idade é um obstáculo. Por normas da Fifa, jogadores só podem se transferir para o exterior após completarem 18 anos. No caso de Zé Lucas, qualquer movimentação só teria efeito na metade de 2026.

“Os clubes europeus buscam jogadores que possam se transferir imediatamente. Essa regra naturalmente inibe investimentos neste momento”, explicou Gasparino.

Em junho, o dirigente viajou à Espanha ao lado do presidente Yuri Romão e do diretor-geral Enrico Ambrogini para reuniões com Real Betis e Barcelona, mas as conversas não avançaram.

Enquanto isso, o Sport prefere aguardar. A estratégia é valorizar ainda mais o atleta, que soma 17 jogos pelo Brasileirão, mesmo em um time que luta contra o rebaixamento.

Além disso, Zé Lucas disputará o Mundial Sub-17 no Catar, entre 3 e 27 de novembro, vitrine que pode aumentar sua cotação no mercado internacional.

Propostas já chegaram ao clube. A maior delas, de 12,5 milhões de euros (cerca de R$ 80 milhões), foi recusada. A multa rescisória é de R$ 100 milhões para clubes brasileiros e 50 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões) para o exterior. O contrato do volante vai até 2028.

Com isso, a diretoria analisa duas possibilidades: negociar o jogador já em janeiro de 2026, ou aguardar a janela de verão, em junho, quando Zé Lucas poderá ser transferido imediatamente, o que tende a elevar os valores da operação.

“Sabemos que ele é uma realidade do futebol mundial. Está no radar de grandes equipes. Mas precisamos ter tranquilidade para escolher o mercado e o momento certos”, reforçou Gasparino.