Uma noite para reacender a chama rubro-negra dentro do coração dos milhares torcedores presentes na Ilha do Retiro. Pode parecer até piegas ou clichê, mas são para isso que eles existem, para tentar explicar o inexplicável.
O Leão estava lá, acuado no canto dele, ansiando pela estréia do novo técnico. Enquanto que o time rival, vinha com toda a “pompa”. Para eles um empate estava de bom tamanho, porém esqueceram de avisar que do outro lado havia um time cheio de garra que precisava e almejava a vitória a qualquer custo. Não apenas por pontos na tabela ou posições no Pernambucano, mas para erguer a cabeça e provar porque o rei da selva é o mascote do Sport Club do Recife.
No primeiro tempo, a bola não queria entrar, o juiz não ajudava, o Náutico judiava dos leoninos, os cartões apareceram depois de os torcedores considerarem injustos uma série de lances cometidos contra o Sport.
Já no segundo tempo, pensava-se que o Leão estava cansado, deixando o adversário jogar. Mas que nada… parecia uma tática de guerra (exagero? Talvez…). Mas numa cobrança de falta, Brasília levou os rubro-negros ao delírio! Por quanto tempo o grito de gol não estava preso dentro da garganta… A vontade que se tinha era de mostrar e gritar aos quatro cantos o orgulho de ser Rubro-Negro.
Do outro lado, viu-se uma torcida apática, que deixou o campo após ver o gol do imponente Leão da Ilha. Nem ao menos tiveram a esperança de aguardar os 15 minutos que restavam para o término da partida. É isso que faz a diferença: o torcedor do Sport acredita e, com a fé na camisa que veste, está lotando o estádio nos jogos do Campeonato Pernambucano.
Quando o jogo se encerrou, viu-se uma torcida alegre, sorridente, que parecia estar fazendo seu próprio Carnaval. Um Carnaval no qual as cores que reinavam eram o vermelho e o preto. Ao som da Treme Terra, os leoninos frevaram, até mesmo os estrangeiros entraram no compasso e viram o que é um espetáculo dentro de um campo de futebol, que esse esporte engloba mais do que 22 jogadores e uma bola, mas também milhares de corações e almas esperançosos e crentes no seu time, para muitos “uma razão para viver”.
Hoje as ruas de Pernambuco acordaram mais rubro-negras, por todo canto que se passa há um torcedor usando a camisa, tão orgulhoso que parece um sacrilégio não olhar os sorrisos escancarados. Mais do que nunca, hoje é dia de gritar: “Pelo Sport Tudo!”
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