Yuri Romão explica situação do Sport em relação à dívidas e patrocínios

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(Foto: Anderson Stevens / Sport Club do Recife)

Por trás das várias dificuldades encaradas pelo Sport nos últimos anos, o maior problema que os leoninos tem encarado é o caótico cenário financeiro. Antes visto como um clube modelo em organização, desde o final de 2017 vieram à tona as dívidas acumuladas e os processos trabalhistas encarados pelo Leão. Esses débitos já chegaram a causar punições ao clube, como no caso da ação movida por Mark Gonzáles na CNRD, impedindo os Rubro-negros de registrar atletas no começo de 2020, e outra semelhante do volante Rithelly, causando uma sanção semelhante que ainda está em vigor.

Mesmo diante de todas as dificuldades, o ponto forte da atual gestão leonina tem sido conseguir equilibrar as finanças do clube na medida do possível. Em todos os meses desde as últimas eleições, realizadas em julho, o Sport pagou em dia os salários do elenco e dos funcionários. Porém, os casos na CNRD seguem sendo uma dor de cabeça. Mesmo estando próximo de resolver a situação de Rithelly, além das ações movidas pelo meia Thomás e Nelsinho Baptista, o Leão segue preocupado com outros 41 processos. Foi o que afirmou o presidente em exercício Yuri Romão em entrevista ao globoesporte.com.

”O Sport já tem o recurso para pagar essas três ações da CNRD com o seu fluxo de caixa normal. E se for necessário, vamos antecipar uma parte de um contrato de patrocínio. Mas a bronca maior são essas outras 41 ações que não sei quando podem estourar. Podem estourar amanhã, daqui a um mês, daqui a três…Para pagar essas, só Jesus na causa.”

Foto: Paulo Paiva/AGIF
Foto: Paulo Paiva / AGIF

Sport pagará nesta semana o restante do acordo feito no último Brasileirão

Dando seguimento à quitação em dia dos salários desde que assumiu o clube, a atual gestão rubro-negra já pagou o mês de dezembro e deve quitar, nesta terça, o 13º salário e o pagamento dos 30% que haviam sido combinados durante a disputa do Campeonato Brasileiro em 2021. Com isso, restam em aberto os meses de maio e junho, quando o Sport ainda era presidido por Milton Bivar. Tais pagamentos serão feitos apenas com o fluxo de caixa normal do clube, que hoje conta com uma receita maior proveniente dos patrocinadores.

”Na Série A, o Sport foi vendido por um preço abaixo do mercado. A gente caiu para a Série B e conseguimos mais que dobrar os valores de patrocínio. Mas isso ainda é pouco para o manancial de problemas que nós temos.”